Confira abaixo o editorial “É só não atrapalhar!”
O aumento da confiança do mercado e do cenário econômico sempre acontece a partir do momento que os ambientes interno, externo, de mercado e político se mostram mais estáveis.
Essa semana duas ações chamaram bastante atenção do cenário empresarial brasileiro.
A primeira e mais importante foi o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul.
A ação deve zerar as tarifas de importação de veículos para o Brasil em até 15 anos. Vinhos europeus tendem a ficar até 30% mais baratos em até 12 anos.
A proposta é zerar os cerca de 91% de tarifas de alguns segmentos gradualmente na próxima década.
Embora o mundo viva uma mudança de modelo produtivo observando os serviços, tecnologia e cultura sendo os principais ativos frente uma economia mais suja e bruta como a automobilística, é natural que as condições de melhoria devem impactar não somente estes mercados específicos conforme citado, mas também todos que envolvem a cadeia produtiva dos mais diversos segmentos.
Equipamentos industriais, produtos químicos, roupas, produtos farmacêuticos, por exemplo, também terão suas tarifas eliminadas ao longo do tempo.
Ainda nesta semana, do dia 26 a 29 de junho, aconteceu a Feira da ABF – Associação Brasileira de Franchising.
O evento reuniu mais de 60 mil empreendedores e foi uma prova viva da procura e interesse do brasileiro em conhecer e naturalmente investir em negócios e franquias das mais variadas vertentes de marcas e setores.
Foram 407 marcas de exposição, sendo 128 estreantes. E ainda a novidade: 27 redes de franquia com investimentos de até 90 mil. Algumas com investimento inicial de R$ 10 mil.
A maior feira de franquias do mundo é brasileira e mostrou que nosso país além de criativo está ativo e interessado no desenvolvimento dos negócios.
Homens e mulheres, empresários e empresárias, se não fossem eles o país estaria no fundo do poço.
Ainda bem que os temos.
O país precisa do entusiasmo, criatividade e positividade de nossos empreendedores.
Os políticos brasileiros geralmente atrapalham os índices de confiança com suas falas e atuações mal colocadas e desastrosas, isso sem falar da corrupção que geralmente é característico de boa parte desta classe.
Com toda investigação de lava-jato, mudança de governos, instabilidades etc, mesmo assim o ambiente continua fértil e as pessoas apostando em dias melhores.
A classe política não precisa ajudar, porém, basta não atrapalhar que a economia deslancha com toda a certeza.
Antonio Gelfusa Junior é publicitário e editor-chefe das publicações impressas e online do Grupo Raiz.