Cerveja, cigarro, propaganda ou governo. Quem é o vilão?
Confira abaixo o editorial “Cerveja, cigarro, propaganda ou governo. Quem é o vilão?”
O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) é relator do projeto sobre proibição da propaganda das bebidas alcoólicas. A base do projeto foi o PLC 83/2015 que trouxe a proibição expressa da propaganda de álcool na mídia de massa.
Na proposta há outra iniciativa — a divulgação comercial desses produtos apenas por meio de pôsteres, painéis ou cartazes, dentro dos espaços de merchandising e pontos de venda.
O PLC 83/2015 levou, para essa mesma emenda, as restrições que deverão ajustar a propaganda de bebidas alcoólicas.
Além de não incentivar o consumo “abusivo” — caracterização acrescida pelo relator, essa divulgação não poderá associar o produto, mesmo que indiretamente, à prática desportiva, à condução de veículos, à sexualidade e ao sucesso; sem dirigir ou incluir crianças ou adolescentes; nem anunciar propriedades medicinais, relaxantes ou estimulantes.
Se aprovado, necessitará de 120 dias para ser colocado em prática.
Importante lembrar que o cigarro também teve sua propaganda proibida e regulada em meios de massa. Isso aconteceu em dezembro de 2000, com uma lei do sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Sem dúvidas trata-se de um assunto polêmico.
Até porque o produto cigarro é nocivo à saúde.
Todos os indicadores apontam gravidade e riscos dos mais diversos para as pessoas que estão dependentes deste produto. São mais de 4 mil substâncias químicas.
O cigarro mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano no mundo segundo a Organização Mundial da Saúde. 900 mil pessoas morrem por inalar estes gases tóxicos.
Com 20 milhões de fumantes no Brasil, foi percebida uma queda de 36% de consumo do cigarro na última década e muito se deve a nova regulação.
No que tange à propaganda, na época, tínhamos um mercado pujante em exploração. Outdoor, patrocínios de carros de fórmula 1, televisão, rádio e tantos outros meios com marcas de cigarros das mais diversas.
Já em relação ao uso abusivo de álcool, o mesmo mata cerca de 3,5 milhões de pessoas por ano segundo a OMS.
Globalmente, estima-se que 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofram de problemas relacionados ao consumo de álcool com a maior prevalência na Europa (14,8% e 3,5%, respectivamente) e na Região das Américas (11,5% e 5,1%, respectivamente).
Problemas estes ligados à violência do trânsito, agressões, brigas e acidentes dos mais diversos.
Toda redução é positiva, mas também é curiosa.
O governo entra na jogada, permite a venda do produto, contanto que o produto tenha descrições em seus rótulos como a dependência, apresentação obrigatória dos possíveis cânceres a serem causados, impotência e outros malefícios.
O contraponto é que está em nossa Constituição Federal, claramente, quando se aborda sobre os produtos nocivos à saúde, que os mesmos não podem ser comercializados.
Têm-se um problema tão grave que envolve saúde pública, porque então não discutimos parar de vender um produto que causa tanto mal à sociedade?
Talvez a resposta esteja exatamente no fato de que a indústria de cigarros e do álcool ainda recolhem um importante montante de impostos para a máquina pública.
Regular a publicidade se necessário não é problema algum.
O problema está na hipocrisia do governo que, se pudesse, o regularíamos.
Antonio Gelfusa Junior é publicitário e editor-chefe das publicações impressas e online do Grupo Raiz.
Por que contratar uma agência de propaganda para as empresas?
Confira abaixo o editorial do mês
Muitas pessoas desenvolvem suas empresas, pequenas ou médias, estruturando os departamentos de vendas, administrativo, finanças entre outros. Na maioria das vezes o âmbito do marketing e da comunicação sempre são os setores que demoram mais a serem estruturados.
A agência de propaganda geralmente presta serviços para desenvolver a comunicação interna e/ou externa das empresas suprindo estas necessidades. Estes respondem diretamente aos donos ou ao departamento de comunicação quando constituído.
A expertise adquirida pelos profissionais de agências de propaganda pode ajudar na tomada de decisão das empresas. Isso no que tange ao posicionamento desejado, ou seja, como a corporação deseja ser vista.
Uma agência atende clientes dos mais variados segmentos, obtendo informações, testando fórmulas e aplicando projetos que se transformam em cases de referência.
A contribuição com o feeling da equipe de atendimento publicitário ajuda no processo de desenvolvimento.
Muitas vezes o serviço prestado pela agência de publicidade conta com a participação de designers, publicitários, jornalistas, profissionais de marketing, produtores audiovisuais, entre outros.
Financeiramente é mais viável contar com uma gama de serviços técnicos dentro de um pacote de agência ao invés de contratar todos os profissionais para um departamento de comunicação interno. Salvas as marcas e empresas grandes com estruturas milionárias, o que não é o caso dos pequenos e médios negócios.
O início de um relacionamento entre agência e cliente é marcado pela imersão nas informações para que os prestadores conheçam um pouco sobre o negócio, diferenciais e montagem inicial de pastas com imagens, logomarca, preferências de cores, informações gerais e conceito visual básico a ser adotado no início da parceria.
Sem dúvida alguma o tempo ajuda na afinidade entre as partes, lembrando que ambos devem facilitar o fluxo de informação, além de estabelecer um canal de comunicação que possa organizar a solicitação dos trabalhos que pode ser via whatsapp, e-mail, telefone ou mesmo algum sistema interno.
Quais os serviços disponíveis?
São diversos os serviços prestados por uma agência de comunicação: desenvolvimento de identidade visual, logomarca, catálogo de produtos, sites, entre outros.
A remuneração do serviço pode ser feita através de um contrato com pacote mensal chamado de fee, por inserção em mídia – que assegura 20% do valor bruto negociado para a agência e/ou por job – que é o trabalho pontual sem vínculo frequente.
Uma agência de publicidade geralmente enxerga de maneira diferente os negócios do cliente, uma vez que está fora da “contaminação” interna.
Por fim, é justamente esta isenção por estar do lado externo e a experiência acumulada pelos profissionais de comunicação que fazem das opiniões e recomendações da agência dicas certeiras que contribuem com o desenvolvimento da cultura da comunicação.
Antonio Gelfusa Junior é publicitário e editor-chefe das publicações impressas e online do Grupo Raiz.